o que eu sei sobre as flores
O que eu sei sobre as flores é o mesmo que eu sei sobre os silêncios. Estão em todos os lugares: festas, funerais, campos, casas. Podem apenas estar (e assim há beleza descabida), mas têm o mau hábito de carregar significados (não por culpa própria). São fortes no singular e insistentes no plural. No princípio de tudo, já havia a flor e o silêncio. Flores nascem, silêncios nascem; flores fenecem, silêncios também.
Um homem quis comprar um silêncio para oferecer ao seu amado, porém não os encontrou no mercado. Advertiram-no: “Não é possível comprar um silêncio!”, “Silêncios são gratuitos!”, “O silêncio é inalcançável!”, “Há silêncio somente dentro de você!”. Que tolo acreditaria em tais absurdos? Ele! Conformado, presenteou seu amado com uma flor; deu-lhe uma Dália amarela.
Sabe quando você quer dizer algo e de repente encontra alguém que disse por você? É muito lindo! Abraço.
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