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O que eu sei sobre mim é uma lança: posso fazê-la atravessar o espaço, mas meu prazer é senti-la traspassando meu corpo; é como um’água: transborda, recorda (não acorda); escorre, percorre (não morre); disforme, conforme (não dorme).
O que eu sei sobre mim é que há uma ferida, entre as costelas, por onde jorra água, jorra a água. Minhas mãos, furadas, é que me furam. Sou, em um, o pequeno algoz e o grande mártir.
O que eu sei sobre mim não (me) basta.
o que eu sei sobre mim
O que eu sei sobre mim é uma lança: posso fazê-la atravessar o espaço, mas meu prazer é senti-la traspassando meu corpo; é como um’água: transborda, recorda (não acorda); escorre, percorre (não morre); disforme, conforme (não dorme).
O que eu sei sobre mim é que há uma ferida, entre as costelas, por onde jorra água, jorra a água. Minhas mãos, furadas, é que me furam. Sou, em um, o pequeno algoz e o grande mártir.
O que eu sei sobre mim não (me) basta.
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Oi Ulisses,
ResponderExcluirNão sei o que dizer, não domino as palavras como você.
Mas, é muito bom seguir seu blog. Seus textos têm sabor e textura, aguçam os sentidos.
Obrigado.